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ESTE ARTIGO CONTÉM DADOS ADICIONAIS CLIQUE AQUI! O índice de desenvolvimento humano sendo compósito permite uma sintetizar alguns dos principais traços mundiais no que diz respeito ao desenvolvimento económico e humano. O valor do IDH indica para cada país a distância relativa às metas (valores máximos) preconizadas para cada um de três índices: 85 anos de duração média de vida, acesso generalizada à educação e um nível de rendimento elevado de cerca de 40.000 dólares (o PIB per capita dos EUA era em 1992 de 23.760). O índice quanto mais próximo estiver da unidade maior é o grau de desenvolvimento do respectivo país face ao considerado como base para o bem estar social e económico. Conclusões interessantes podem ser retiradas da análise comparativa da evolução do desenvolvimento humano entre 1960 e 1990 e entre países em desenvolvimento e países industrializados: - A esperança média de vida aumentou 17 anos, a mortalidade infantil reduziu-se para mais de metade e a escolaridade no ensino primário e secundário aumentou cerca de 1,5 vezes. As disparidades de desenvolvimento parecem ter-se reduzido, apesar das grandes diferenças de rendimento; - A emergência de uma nova classe de pobreza, mesmo nos países mais desenvolvidos – estimam-se que cerca de 100 milhões de pessoas vivem a um nível de subsistência abaixo da linha de pobreza. Os sistemas de segurança social não conseguem responder às necessidades acrescidas de protecção; - Apesar da evolução da medicina subsistem ameaças como a tuberculose, o cancro e o HIV. O nível de criminalidade tem aumentado assim como o número de toxicodependentes, de desalojados e de desempregados; - A protecção do ambiente ganha de forma acrescida adeptos, surgindo políticas inter-governamentais com vista o combate da degradação ambiental (poluição, erosão dos solos, reflorestação). Portugal encontrava-se na 36ª posição em 1992 com um IDH de 0,874 (a mesma posição relativa que em 1990 para um IDH de 0,879) e estão à sua frente países como Singapura (0.878), Chile (0.880), Argentina (0.882), Chipre (0.906), Grécia (0.907) e os países da UE, Japão e Canadá. Analisando os vários índices que compõem o IDH conclui-se que Portugal é particularmente frágil no índice de educação (a taxa de alfabetização de adultos era em 1992 de 86,2% para uma média na UE que ascendia a 99,0%) e no índice de esperança de vida (a esperança de vida à nascença era de 74,6 anos para uma média da UE que rondava os 76/77 anos), uma vez que o índice do PIB (0,96) era idêntico aos países mais desenvolvidos (0,98). Os esforços mais recentes de modernização da economia portuguesa no sentido da coesão económica e social da UE, nomeadamente através dos fundos estruturais poderão permitir a médio prazo um salto qualitativo de Portugal nas variáveis chave do desenvolvimento humano. Mas uma análise mais global para os 174 países em que foi calculado o IDH permite constatar que 63 foram classificados como pertencentes à categoria de desenvolvimento humano elevado, 64 à de desenvolvimento humano médio e 47 à de desenvolvimento humano baixo. Em 1992 e em termos relativos 31% da população mundial vivia em países da categoria de desenvolvimento humano elevado (16% em 1960), 39% da categoria média (11%) e 31% da categoria baixa (73%). A análise por grandes regiões mundiais e a comparação com o indicador PIB real per capita permite concluir em termos de hiatos que o valor médio de referência para os países em desenvolvimento (0,570) sendo apenas 1,6 vezes inferior ao IDH máximo dos países industrializados (0,916), é no que respeita ao PIB real per capita seis vezes inferior. As diferenças inter-regiões possibilitam observar que os IDHs da Ásia de Leste (excluindo a China) e da América Latina e Caraíbas vêm-se aproximando da média dos países industrializados (ainda que o rendimento percapita seja inferior em cerca de 2,5 vezes) e, que o IDH da África subsariana encontra-se no limite inferior (0,389) e é menos de metade do da América Latina e Caraíbas, mas bastante próximo do da Ásia do Sul. Apesar das críticas à forma de cálculo do IDH, este permite de forma sintética e não totalmente dependente da variável rendimento, hierarquizar as economias de um ponto de vista importante – o do desenvolvimento humano. Várias opiniões críticas apontam para o facto de não se incluírem duas variáveis importantes – o nível de desenvolvimento político dos países e os seus valores culturais –, mas a sua inclusão necessita de um estudo empírico no sentido da melhor selecção das variáveis. Apesar das fontes estatísticas dos países em desenvolvimento não serem na maior parte dos casos muito fiáveis, tem sido importante o debate acerca o desenvolvimento humano e da dimensão social do desenvolvimento económico. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) vem desde 1990 (ano inicial do cálculo do IDH) defendendo a noção de que "a ligação entre o crescimento económico e o progresso humano não é automático", e tal é mais premente quanto maior for a desigualdade entre a disponibilização de rendimentos intra-país.
Informação Complementar Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) O IDH é um indicador sintético que tem por base três indicadores: Foram fixados como valores mínimos e máximos os seguintes para cada um dos indicadores: Esperança de vida à nascença: 25 / 85 anos; Valor actual xi - Valor mínimo xi. Antes do cálculo do índice do nível de vida, o PIB real Per capita é ajustado da seguinte forma: W (y) = y* para O < y < y* y* = valor limiar (rendimento mundial médio); O IDH é uma média simples dos três índices.
Países em Desenvolvimento e industrializados Países em desenvolvimento: África Subsariana: África do Sul, Angola*, Benin*, Botswana, Burkina Faso*, Burundi*, Cabo Verde*. Camarões*, Chade*, Comores, Congo, Costa do Marfim, Etiópia*, Gabão, Gâmbia *, Gana, Guiné-Bissau *, Guiné Equatorial*, Lesoto*, Libéria*, Madagáscar*, Matawi*, Mau*, Maurício, Mauritânia*, Moçambique*, Namíbia, Níger*, Quénia, Rep. Centro-Africana*, Ruanda*, São Tomé e Príncipe*. Senegal, Serra Leoa*, Seycheíles, Suazilândia, Tanzânia*, Togo*, Uganda*, Zaire*, Zâmbia* e Zimbabwe; Países Árabes: Arábia Saudita, Argélia, Bahrein, Djibuti*, Egipto, Emiratos Árabes Unidos, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Líbia, Marrocos, Orna, Qatar, Síria, Somália*, Sudão*, Tunísia e Iémen*; Ásia Oriental: Coreia do Norte, Coreia do Sul, China, Hong-Kong e Mongólia; Ásia do Sudoeste e Oceânia: Brunei, Camboja*, Fidji, Filipinas, Indonésia, Laos*, Malásia, Myanmar*, Papua Nova-Guiné, Samoa*, Singapura, Salomão*, Tailândia, Vanuatu* e Vietname; Ásia do Sul: Afeganistão *, Bangladesh *, Butão*, Índia, Irão, Maldivas*, Nepal*, Paquistão e Sri Lanka; América Latina e Caraíbas: Antígua e Barbuda, Argentina, Bahamas, Barbados, Belize, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Gosta Rica, Cuba, Dominica, S Salvador, Equador, Granada, Guatemala, Guiana, Haiti*, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Rep. Dominicana, Santa Lúcia, S. Cristóvão e Nevis, S. Vicente e Granadinas, Suriname, Trindade e Tobago, Uruguai e Venezuela; Europa Meridional: Chipre e Turquia.
Países industrializados; Europa de Leste e CEI: Albânia, Arménia, Azerbaijão, Bielorrússia, Bulgária, Cazaquistão, Eslováquia, Estónia, Federação Russa, Geórgia, Hungria, Letónia, Lituânia, Moldávia, Polónia, Quirguistão, Rep. Checa, Roménia, Tadjiquistão, Turquemenistão, Ucrânia e Uzbequistão; Europa Ocidental e Meridional: Alemanha. Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Islândia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Malta, Noruega, Portugal, Suécia e Suíça; América, Ásia, Oceania e Médio Oriente: Canadá, EUA, Japão, Austrália, Nova Zelândia e Israel. * Países considerados país menos desenvolvido. Valores do IDH por região - 1992
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