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ESTE ARTIGO CONTÉM DADOS ADICIONAIS CLIQUE AQUI! Hoje, a relação entre informação, cultura, tecnologias da informação e da informática, serviços e redes de comunicações, em termos de combinação de interesses económico-industriais, científico-tecnológicos e político-estatais, é já difícil de destrinçar. Esta conectividade possibilitou, em segundo lugar, a constituição de um sector económico-industrial de primeiro plano, o sistema "multimix" dos media (associação de tecnologia, serviços de notícias, bases de dados, imagens e fotos, etc.) tanto em certos países como à escala internacional. Já no começo da presente década, o mercado mundial da Informação constituía um negócio de 1,6 biliões de dólares, sendo que as vendas anuais correspondiam a 12 por cento do volume mundial de produção industrial. Nos EUA, a indústria da Informação participa em mais de metade do produto nacional bruto e é cada vez mais crescente o peso deste sector no emprego. O terceiro fenómeno crucial que se deu no campo da Informação diz respeito ao recente processo de formação de um espaço mundial de comunicação, o qual, a par da mundialização das economias, é indissociável da criação de novas disparidades. A confluência das diversas inovações tecnológicas, que veio permitir a transversalização pela indústria da Informação de sectores anteriormente independentes, o crescimento, desde os anos 70, do mercado financeiro e comercial e o "clima" político favorável aos processos de universalização estão na sua origem. Fonte de integração, mas também de exclusão, gerador de novas estratégias, novas formas e novos actores para as relações internacionais, o espaço mundial de comunicação é configurado por oligopólios em rede e por empresas globais, cujos fluxos e movimentos, onde quer que se dêem, situem ou estendam, remetem para um reduzido número de pólos.
Dependência No mundo do mercado global da Informação, Portugal é um país profundamente dependente dos centros de produção estrangeiros e da presença de alguns dos grandes oligopólios, sendo, ao mesmo tempo, exíguo nas suas potencialidades de mercado. Generosamente aberto à penetração estrangeira, por via da fragilidade económica (patente nos seus grupos e na ausência de estratégia estatal), da marginalidade tecnológica e da periferização ao nível dos fluxos de informação mediática, mas com uma atractividade de baixa intensidade. Dependente dos países do centro, entre outros, EUA e espaço francófono (França e Suíça), depende também da semi-periferia (Espanha) e da periferia (na directa relação que um produto como a telenovela brasileira e a rede Globo tem nas estratégias da televisão em Portugal). A formação, no sistema "multimix" dos media, de grupos de empresas multimédia dá-se menos por força de factores estratégicos nacionais ou, salvo excepções bem localizadas, por critérios empresariais muito nítidos (caso do grupo Balsemão), e mais por via de um processo de internacionalização por arrastamento e de sentido único, evidentemente de fora para dentro. A entrada de capital estrangeiro, que apresenta uma tendência crescente, na imprensa escrita (mais nos magazines do que nos diários nacionais e regionais devido ao fenómeno da publicidade naquela) e no audiovisual (importante também, por ora, pelo investimento publicitário e, num futuro muito próximo, por impulso da difusão por satélite e da tecnologia digital), é não só correlata como um factor constituinte de um certo movimento de conglomerados mais ou menos "multimix" ou multimédia, factor relevante que subjaz às grandes tendências mundiais no campo da Informação: oligopolização, universalização, transformações tecnológicas rápidas e sistemáticas, diversificação de capitais e meios. No entanto, como tem sido analisado por investigadores como Paquete de Oliveira, ao movimento de penetração dos grupos e companhias estrangeiras nas empresas nacionais não corresponde a afirmação destas — por pequena que fosse — no mercado estrangeiro, global, europeu ou mesmo ibérico, não só quanto a investimentos como também quanto à simples comercialização dos seus produtos. Assim, à tradicional vulnerabilidade portuguesa nos movimentos de reestruturação económico-financeiros-industriais à escala mundial, somam-se as consequências do facto de a dinâmica constantemente agitada e turbulenta de fusões na indústria da Informação à escala transnacional ser diferente dos antigos processos de fusão de empresas. Nos anos 90, a oligopolização tem como origem o processo de conversão das grandes e rentáveis companhias em megacompanhias, enquanto que, nas situações anteriores, as fusões consistiam no fenómeno das grandes companhias comprarem as mais pequenas. Portugal, neste terreno, de dentro do seu contexto doméstico, está completamente de fora de tal processo.
Informação Complementar Agências de Informação em Portugal Agência EFE (Espanha) Fonte das notícias internacionais (amostra de 4 acontecimentos) Jornais estrangeiros vendidos em Portugal (1995) Correspondentes portugueses no estrangeiro (1995) TV-documentários e grandes reportagens importados 1995 Correspondentes estrangeiros em Portugal por países Revistas estrangeiras distribuidas em Portugal
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