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ESTE ARTIGO CONTÉM DADOS ADICIONAIS CLIQUE AQUI! A livre circulação de pessoas e bens no espaço comunitário veio evidentemente incrementar os transportes internacionais. Portugal tem uma posição geograficamente periférica, o que o coloca na extremidade dos grandes eixos europeus. A rede de autoestradas e as linhas para comboios de alta velocidade são, no que diz respeito aos transportes terrestres, as mais importantes inovações a nível das infraestruturas. A União Europeia estabeleceu planos directores para as redes transeuropeias, tendo por horizonte o ano de 2002 para a rede viária e o ano de 2010 para a rede de comboios de alta velocidade.
Transporte marítimo Deve notar-se a importância quantitativa do transporte internacional de mercadorias por via marítima: por essa via se transporta 83% do volume das mercadorias entradas e 62% das mercadorias saídas; na sua esmagadora maioria estes fretes marítimos são assegurados por embarcações estrangeiras: assim, no ano em referência (1994) estas mercadorias provenientes do estrangeiro foram carregadas até aos portos do Continente (Lisboa, Leixões, Sines e outros) por 304 embarcações nacionais e 6.293 estrangeiras, numa tonelagem, respectivamente de 2,2 e 56,9 milhões de toneladas. No volume de mercadorias entradas por via marítima, destacam-se no mesmo ano: petróleo bruto (13,4 milhões de toneladas), combustíveis minerais sólidos (5,1), produtos petrolíferos (3,2), cereais (2,1), produtos alimentares e forragens (2,0), produtos metalúrgicos (1,0). Os cinco primeiros países de onde provêm as maiores quantidades de mercadorias entradas em Portugal por via marítima são o Irão, os EUA, a Nigéria, a Arábia Saudita e a África do Sul. Petróleo, carvão e cereais representam certamente o maior volume de mercadorias importadas. Quanto aos países de destino das mercadorias saídas por via marítima em 1994 destacam-se os EUA com 1.036.720 toneladas e o Reino Unido com 1.375.895 toneladas.
Via terrestre e aérea Enquanto que o transporte de mercadorias por via aérea é quase desprezível em quantidade (embora o seu valor seja comparativamente apreciável), o tráfego internacional por via terrestre tem expressão digna de registo. No ano de 1994, o transporte internacional rodoviário representou 6.303.651 toneladas de mercadorias entradas (16% do total) e 5.654.450 toneladas de mercadorias saídas (34% do total). Estas percentagens, porém, sobem muito se considerarmos o valor e não o volume das mercadorias: por estrada circulou 57% do valor das mercadorias entradas e 67% do valor das mercadorias saídas. A quase totalidade das entradas provém dos Estados da UE e mais de metade são oriundas da Espanha. Por sua vez, 97% das quantidades de mercadorias saídas em transporte rodoviário destinam-se à mesma zona UE, das quais 64% se dirige a Espanha. Os principais produtos entrados por via rodoviária são: produtos químicos, produtos alimentares e forragens e produtos metalúrgicos. Quanto ao caminho-de-ferro, por ele circula menos de 1% das quantidades de mercadorias entradas e saídas. Só três rubricas se destacam nas mercadorias entradas por via ferroviária: madeira e cortiça, produtos metalúrgicos e veículos, material de transporte, máquinas, motores e peças. Como era de prever, o tráfego internacional de mercadorias por caminho-de-ferro só com a Espanha tem algum relevo.
Passageiros Ao contrário das mercadorias, uma parte significativa do tráfego internacional de passageiros é feito por via aérea. No ano de 1994, segundo o INE, o tráfego comercial internacional envolveu 101.054 aviões, os quais transportaram de ou para os aeroportos portugueses 4.925.368 passageiros embarcados e 4.914.449 passageiros desembarcados. Em 1995 a transportadora aérea nacional, TAP – Air Portugal, transportou um total de 3.696.376 pessoas. No quadro só foram considerados os passageiros dos voos com partida de — ou chegada a — um dos aeroportos portugueses, excluindo os voos domésticos e os voos entre aeroportos estrangeiros. As rotas da TAP privilegiam os países europeus (os da UE menos a Irlanda e a Finlândia, além da Suíça e da Noruega que não integram a UE), os países americanos com fortes comunidades portuguesas (Brasil, EUA, Venezuela) e os cinco africanos de língua oficial portuguesa. Ensaiam uma penetração ainda modesta em seis outros países africanos (África do Sul, Costa do Marfim, Zimbabwe, Zaire, Senegal, Congo). A companhia não realiza voos para regiões geograficamente próximas, como o mundo árabe (para o Médio Oriente só tem ligação a Telavive) ou o Leste europeu, nem para regiões mais distantes como a Ásia ou a Oceânia.* Observatório de Relações Exteriores Dados adicionais Gráficos / Tabelas / Imagens / Infografia / Mapas (clique nos links disponíveis) Transporte internacional de mercadorias - 1994 Esquema da rede ferroviária da União Europeia (horizonte 2010) Rede aeroportuária transeuropeia da EU em 1992
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