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ESTE ARTIGO CONTÉM DADOS ADICIONAIS A Carta das ONGD da União Europeia indica diversos princípios comuns a estas organizações, designadamente, a justiça social, a equidade e o respeito dos direitos do Homem, a participação da sociedade civil na cooperação para o desenvolvimento e o envolvimento das populações locais nos projectos de que são destinatários. Face a estes objectivos, as actividades das ONGD visam sobretudo o reforço da capacidade dos parceiros do Sul, com maior atenção para os grupos mais desfavorecidos e para a redução das desigualdades entre homens e mulheres, bem como para acções de educação para o desenvolvimento e de sensibilização das populações do Norte. De acordo com a Carta das ONGD, atrás referida, as ONGD podem ser agrupadas consoante diversos critérios, designadamente: as actividades de que se ocupam (financiamento, projectos operacionais, lobbying); o campo de influência geográfica (local, nacional ou internacional); a estrutura (organização com membros, organização sem membros); outros factores (organizações laicas, organizações ligadas a credos ou religiões, a partidos políticos, a governos ou a grupos de interesses). Os critérios citados coexistem em muitas ONGD, em resultado das tradições diversificadas dos diferentes países, considerando-se esta multiplicidade de características uma das principais riquezas destas entidades. Em Portugal, a Plataforma Portuguesa das ONGD congrega as Organizações cujo elenco se pode ver na Informação Complementar. De certo modo, a própria designação das ONGD evidencia a diversidade de actividades desenvolvidas por estas entidades, com principal relevo para as de carácter social, saúde, educação e formação profissional. Atendendo à relevância do trabalho desenvolvido pelas ONGD, o financiamento e cofinanciamento dos seus projectos tem vindo a ser assegurado pelo Instituto da Cooperação Portuguesa (ICP) e por algumas linhas orçamentais da União Europeia, após a necessária aprovação caso a caso, conforme se indica nos quadros apresentados relativos ao exercício de 1996.
Informação Complementar As ONGD portuguesas ACEP – Associação para a Cooperação entre os Povos
Ligações internacionais das ONGD As ONGD portuguesas estabeleceram uma intensa rede de contactos internacionais, quer nos países africanos ou latino-americanos nos quais trabalham, quer no conjunto dos países do "Norte". Associam-se frequentemente a acções articuladas ou a campanhas comuns, mesmo quando não têm uma ligação institucional a entidades estrangeiras (como é o caso da SEDES, do CIDAC, da Fundação Cidade de Lisboa, do IEEI ou da OMAS). A generalidade das ONGD que integram a Plataforma Nacional estão representadas no Comité de Liaison com a UE, Comité esse agora presidido por um português. Além dessa ligação institucional, um certo número de ONGD portuguesas são membros de organizações internacionais. Assim a AMU está filiada no Movimento Católico dos Focolari (Roma); o GRAAL tem o Secretariado Internacional em Melheim, na Alemanha; a APARE liga-se ao Movimento de Ajuda aos Leprosos (Paris); a CARITAS tem a sede internacional em Roma; a Cruz Vermelha Portuguesa liga-se à sede internacional em Genève; a International Friendship League está associada ao Movimento Social Britânico (Londres); o Comité Português da UNICEF liga-se à sede desta em Genève; e a Rede Anti-Pobreza integra-se na Confederação das Redes nacionais, com sede em Bruxelas. Outras ONGD portuguesas estão filiadas em organismos internacionais. É o caso da AMI que tem estas integrações: Civicus (Washington), Euronaid (Haia) e Voice (Bruxelas); do IED que se filia em: EADRT Institui (Genève) e Solidar (Bruxelas); dos Leigos para o Desenvolvimento, integrado na Confederação Europeia de Organismos da Cooperação Internacional (Madrid); e da OIKOS, filiada em: ACSUR (Madrid). Civicus (Washington), Creal (Bruxelas), Euronaid (Haia), Eurostep (Bruxelas) e Zebra (Copenhagen). Por fim, podem destacar-se as presenças institucionalizadas de ONGD portuguesas em países africanos e latino-americanos. A OIKOS tem delegações nacionais em Havana, Luanda e Maputo e delegações regionais em Huambo, Malanje, Ilha de Moçambique e Lichinga; o IED tem delegação em Luanda; e o Instituto Português de Medicina Preventiva tem delegação também em Luanda.
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