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Intervenções de organizações internacionais em conflitos

Observatório de Relações Exteriores *



As Forças de Manutenção da Paz das Nações Unidas foram concebidas, após a segunda guerra mundial, como uma forma de ajudar a manter a paz e segurança internacionais. No entanto, foi sobretudo após a queda do mundo bipolar, com a multiplicação de conflitos étnicos e nacionalistas, que se generalizou a sua utilização.

A ajuda à implementação de acordos de paz, a vigilância de cessar fogos, o patrulhamento de zonas desmilitarizadas, a instalação de zonas tampão entre forças hostis, e a procura de tréguas enquanto decorrem negociações de paz entre as partes envolvidas nos conflitos são algumas das suas principais funções. Estas operações são elaboradas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e devem obter o acordo das partes beligerantes bem como de outros países directa ou indirectamente envolvidos, ao contrário das missões de imposição da paz onde o Conselho de Segurança atribui aos estados membros a autoridade de levar a cabo todas as medidas necessárias para atingir um determinado objectivo e onde o consentimento das partes não é uma exigência e as forças envolvidas não estão sob o controlo das Nações Unidas mas sim de um Estado ou grupo de Estados (ex: NATO).

Face à inexistência de um exército das Nações Unidas, as forças e equipamentos envolvidos nestas operações são cedidos, voluntariamente, pelos Estados membros e os encargos daí resultantes são suportados por um orçamento especial para a manutenção da Paz. Estas forças permanecem sob o comando dos governos que as enviaram e usam os respectivos uniformes mas, enquanto membros das forças de manutenção de Paz, usam as insígnias das Nações Unidas e os famosos Capacetes Azuis. Estas forças possuem armas ligeiras e devem utilizar o mínimo de força e apenas em legítima defesa ou quando impedidos de desempenhar as suas funções.

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À medida que foi aumentando o número de missões de manutenção de paz o esforço financeiro foi acompanhando este crescimento. Mas o valor atingido em pessoal e equipamentos, que já só se conta em milhões se tomarmos, por exemplo, o ano de 1995, parece irrisório quando comparado com o montante total das despesas militares mundiais no início dos anos 90, que atingiram um trilião por ano. Apesar disto, muitos são os países que mantêm dívidas à ONU, dívidas que, em Março de 1997, atingiam os 1.9 biliões USD; deste montante, cerca de um bilião (um pouco mais de metade do total) pertence aos EUA.

Em 1988, as Missões de manutenção de paz da ONU foram galardoadas com o Prémio Nobel da Paz e desde então iniciaram-se cerca de 32 missões nos mais variados locais, contra 15 antes desta data. Estão hoje em curso cerca de 15 Missões. Desde 1948, mais de 750.000 militares e policiais, em conjunto com milhares de civis, integraram as operações de manutenção de paz da ONU; destes, mais de 1400 perderam, nelas, as suas vidas ao serviço das Nações Unidas.

Informação Complementar

Localização das acuidades em curso de Diplomacia Preventiva e "Peacemaking"

Afeganistão; Arménia e Azerbaijão; Estados Bálticos; Bougainville; Burundi; Cambodja; Chipre; Timor Leste; El Salvador; Geórgia/Abkasia; Guatemala; Índia e Paquistão; Iraque/Kuwait; Península coreana; Libéria; Médio Oriente; Moçambique;

Myanmar; Moldova; Serra Leoa; Somália; Tajiquistão; Sahara Ocidental e Yemen;



* Observatório de Relações Exteriores



Dados adicionais
Gráficos / Tabelas / Imagens / Infografia / Mapas
(clique nos links disponíveis)

Operações extintas de manutenção da paz I

Operações extintas de manutenção da paz II

Cooperação das ONU com organizasões regionais tendo em vista a solução de conflitos

Operações em curso de manutenção da paz

Baixas por missão de manutenção de paz

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