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Traçar o percurso do movimento nacional palestiniano implica remontar a Gaza logo após a criação de Israel. Em Gaza, dois movimentos disputavam, em 1948, a cena política: os Irmãos Muçulmanos, que mobilizavam os sentimentos nacionalistas, e a Liga de Libertação Nacional (comunista), que defendia a posição minoritária de uma partilha da Palestina entre judeus e árabes. Foi também em Gaza que apareceram os futuros líderes da Fatah: Yasser Arafat, Mohamed Yusuf al Najar, Abu Jihad, Abu Iyad e Kamal Adwan. Todos desempenhariam um papel de destaque no recrutamento das primeiras células de resistência à invasão israelita de Gaza em 1956 – uma ocupação que representou uma viragem na consciência política palestiniana. Afinal, foi a primeira vez que muitos foram confrontados com o inimigo. A partir daí, os partidos políticos perderam audiência a favor dos “fedayin” (combatentes). Comandos que tinham sido organizados pelo Egipto pan-arabista de Gamal Abdel Nasser serviram de escola de luta armada e centenas de refugiados juntaram-se aos guerrilheiros depois de 1956. Foi em Gaza que se conjugaram uma série de factores que determinaram a formação política dos fundadores da Fatah: o confronto directo com Israel, o início da experiência da luta armada, o papel político dos Irmãos Muçulmanos (ou Movimento de Libertação Islâmica), as ambiguidades do poder egípcio, a fraqueza dos movimentos nacionalistas árabes. A combinação de todos estes elementos permite esclarecer algumas características da ideologia da Fatah: o papel central da luta armada, o controlo da causa palestiniana pelos palestinianos e a desconfiança face aos regimes árabes. Após a derrota árabe na “guerra dos seis dias” de 1967 (o Egipto perdeu a península do Sinai e a Faixa de Gaza e 10.000 homens; a Jordânia, a Cisjordânia incluindo Jerusalém Oriental e 6000 homens; a Síria, os montes Golã e 1000 homens), a Fatah e outros grupos armados assumem-se como única alternativa face a Israel. O número de palestinianos que adere à luta armada é significativo. A Fatah, que no fim de 1966 não tinha mais que 500 combatentes, vê estes aumentar para 10 mil a 15 mil em 1970. Novas organizações de comandos aparecem em 1968, passando a controlar a Organização de Libertação da Palestina (OLP), criada quatro anos antes e da qual a Fatah se tornaria a principal das suas várias facções. Em 1969, a Fatah aceita um facto novo: a comunidade judaica na Palestina, sem lhe reconhecer, porém, aspirações nacionais como povo. Coloca também – pela primeira vez – a questão de um Estado. Em 1973, depois da guerra de Outubro ou do Yom Kippur, que permitiu aos árabes recuperar parte da dignidade perdida em 1967, e depois do massacre do “Setembro Negro” de 1970 na Jordânia (o confronto entre os “fedayin” e tropas hashemitas que causou milhares de mortos e refugiados), a OLP é finalmente reconhecida como “única e legítima representante do povo palestiniano”. É também em 1973 que a OLP cujo “núcleo duro” são os refugiados na diáspora, se mostra capaz de responder às aspirações dos palestinianos nos territórios ocupados. No mesmo ano, figuras ligadas à OLP, começam a evocar publicamente, com o conhecimento de Arafat, o reconhecimento mútuo entre Israel e os palestinianos. O desafio da paz coloca-se ao movimento palestiniano graças a três grandes acontecimentos: a visita do presidente egípcio, Anwar Sadat, a Jerusalém, em Novembro de 1977; a assinatura dos acordos de Camp David, em Setembro de 1978, entre Sadat, o primeiro-ministro israelita, Menachem Begin, e o presidente dos EUA, Jimmy Carter; o tratado de paz israelo-egípcio em 26 de Março de 1979. Este processo forçou a OLP a colocar-se na defensiva.Após a visita de Sadat, o Comité Central da Fatah dividiu-se sobre qual a atitude a adoptar, mas a decisão final foi a de rejeição da iniciativa egípcia. Em 1978, porém, multiplicam-se os desafios. Os acordos de Camp David, assinados em 19 de Setembro, propõem um plano global de solução do conflito israelo-árabe. Aos habitantes dos territórios ocupados, é proposta uma autonomia negociada pelo Egipto, Israel e Jordânia, sendo que “as delegações do Egipto e da Jordânia poderiam incluir palestinianos da Cisjordânia e de Gaza e outros palestinianos por acordo mútuo”. Depois da entrada em vigor de uma autonomia administrativa, abrir-se-ia um período transitório de cinco anos no decurso do qual seria discutido o estatuto definitivo dos territórios. A segurança e ordem pública seriam excluídas desse modelo autonómico. Os israelitas continuariam a ter o direito de se instalar na Cisjordânia e de adquirir terras. Israel vetaria o «direito de retorno» palestiniano. Este plano de autonomia visava excluir qualquer soberania palestiniana na Cisjordânia e Gaza e negava a existência do movimento nacional representado pela OLP. A reacção dos palestinianos foi naturalmente negativa. Em Setembro de 1978, numa reunião da Frente de Firmeza e Rejeição Árabe, Yasser Arafat vociferou: “Os direitos do povo palestiniano foram vendidos por um punhado de areia do Sinai.” Em 1981, a OLP volta a ser confrontada com uma questão política de fundo: uma iniciativa saudita, conhecida como “Plano Fahd”. Na esperança de sair do marasmo criado pela recusa das propostas de paz americanas e pela ruptura com o Egipto de Sadat, o então príncipe herdeiro da Casa de Saud (agora rei) propôs uma retirada de Israel dos territórios ocupados e a criação de um Estado palestiniano independente após uma tutela provisória das Nações Unidas. O texto não mencionava a OLP, e o seu artigo 7º evocava “o reconhecimento do direito de todos os Estados da região a viver em paz”. Era o reconhecimento implícito de Israel. Arafat, que inicialmente aprovara o plano, foi desautorizado pelo Comité Executivo da OLP. Pressões sírias acabaram por ser decisivas para chumbar a iniciativa de Fahd. Só em 1982 (6-9 de Setembro), depois da invasão israelita de Beirute, é que os líderes árabes reunidos em Fez adoptaram as ideias sauditas. O ponto 7 continuou a ser polémico, mas foi acrescentado um oitavo, reafirmando a representatividade exclusiva da OLP. Apesar do simbolismo do reconhecimento implícito de Israel pelos árabes, foi preciso esperar até 1987, data da primeira Intifada, para que algo começasse a mudar visivelmente no Médio Oriente. A comunidade internacional desassossega-se com a “revolta das pedras” contra duas décadas de ocupação israelita.Os palestinianos, ostracizados como «terroristas» durante as décadas de 60-70, pelos atentados contra alvos judeus, pelos sequestros de aviões, pelo massacre dos atletas israelitas nas Olimpíadas de Munique e pelo seu papel na guerra civil libanesa, passam a ser vistos como um povo em busca de autodeterminação. Em 31 de Julho de 1988, o rei da Jordânia anuncia a ruptura dos laços legais e administrativos entre o seu país e a Cisjordânia, renunciando à soberania hashemita sobre a margem ocidental do Jordão. No mesmo ano, Arafat reconhece o direito de Israel “existir em paz e em segurança” e condena “o terrorismo sob todas as suas formas”. Os EUA vêem satisfeitas as condições para iniciar o diálogo político com a OLP.
Informação complementar Principais organizações palestinianas Organização de Libertação da Palestina (OLP) Foi fundada na primeira reunião do Conselho Nacional Palestiniano (considerado o parlamento no exílio), em Jerusalém, em 28 de Maio de 1964. Um advogado palestiniano que exercera as funções de embaixador da Arábia Saudita nas Nações Unidas, Ahmed Shukeiry, foi o primeiro presidente do Comité Executivo. Na reunião fundadora, os delegados promulgaram também a Carta Nacional, criaram o Fundo Nacional Palestiniano, destinado a financiar diversas operações, e estabeleceram o Exército de Libertação da Palestina. A OLP, dirigida por Yasser Arafat a partir de Fevereiro de 1969, integra várias facções entre as quais se destacam as seguintes: Movimento de Libertação Nacional da Palestina (Fatah) – Acrónimo em ordem inversa de Harkat al-Tachrir al-Watanni al-Falestinia, Fatah significa, em árabe, “conquista” ou “vitória”. O grupo nasceu em 1959, no Kuwait, por inciativa de Yasser Arafat, que se tornou o seu líder e fez da Fatah a mais rica, influente e poderosa facção da OLP. Da Fatah faz parte uma guarda pretoriana designada Força 17, encarregue da protecção pessoal de Arafat mas também de actividades militares e de espionagem. De criação mais recente é a milícia Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, activa desde a Intifada de Setembro de 2000, a partir da qual começou a reivindicar a responsabilidade por mortíferos atentados suicidas dentro de Israel e nos territórios ocupados da Cisjordânia e Faixa de Gaza. Notórios dissidentes são o Comando Provisório da Fatah (CPF), liderado pelo coronel Saíd Muragah (Abu Musa) e a Fatah – Conselho Revolucionário (FCR), dirigida pelo “mestre terrorista” Sabril Khalil al-Banna (Abu Nidal). O CPF foi criado em 1983 no âmbito de uma revolta contra Arafat, com o apoio dos serviços secretos sírios. Tem sede em Damasco e bases no Vale de Bekaa, no Líbano. A FCR, criada em 1973, foi responsável por múltiplos atentados, em várias partes do mundo, que causaram centenas de vítimas. Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) – Foi criada em Dezembro de 1967 na sequência de uma fusão de três grupos palestinianos: os Jovens Vingadores, os Heróis do Retorno e a Frente de Libertação Palestiniana. De orientação marxista, com sede em Damasco – a Síria é o seu patrocinador –, a FPLP teve como primeiro líder o médico George Habache. O seu sucessor, Ali Abu Mustafa, foi assassinado por Israel, num ataque na Cisjordânia que motivou um atentado de represália no qual foi morto o ministro israelita do Turismo Rehavam Ze’evi. A FPLP ganhou fama com atentados e desvios de aviões nos anos 70. Perdeu vigor com a assinatura dos Acordos de Oslo de 1993 entre Arafat e Israel, mas ressuscitou com a Intifada de Al-Aqsa, sendo protagonista de alguns audaciosos ataques anti-israelitas dentro e fora dos territórios ocupados. Frente Democrática para a Libertação da Palestina (FDLP) – Dissidente da FPLP, é dirigida por Nayef Hawatmeh a partir de Damasco. Terceira maior facção da OLP, as suas principais bases estão no vale de Bekaa, no Líbano, operando também na Cisjordânia e Faixa de Gaza. Al-Sa’iqa – Igualmente designada Pioneiros da Guerra Popular de Libertação, Al-Sa’iqa, foi estabelecida em 1968 pelo partido sírio Baas. Permanece um grupo ligado a Damasco, tendo combatido contra a Fatah no Líbano em 1976 e 1983. Foi membro da OLP até 1983, ano em que consumou a ruptura com Arafat. Após os Acordos de Oslo de 1993 integrou uma frente de organizações opositoras da paz com Israel. FPLP -Comando Geral – A Frente Popular para a Libertação da Palestina – Comando Geral é um grupo pró-sírio criado em 1968 de uma dissidência na FPLP. Tem sede em Damasco, bases no Líbano e é dirigida por Ahmed Jibril, um rival de George Habache. Frente de Libertação da Palestina (FLP) – Criada em 1977 por Mohammed Zaidan Abbas (Abu Abbas), de uma cisão na FPLP-CG, de Jibril. Profundamente pró-iraquiana, a FLP mantém o seu quartel-general em Bagdad. Deste grupo nasceram, em 1983, após a invasão israelita do Líbano, duas facções dissidentes – a de Tal’at Yacub (1983) e a de Abed al-Fatah Ghanem, a primeira financiada pelo regime de Saddam Hussein e a segunda pelo de Muammar Khadafi e ambas apoiadas pelos sírios. Frente da Luta Popular Palestiniana (FLPP) – Liderada por Bahjat Abu Gharbiya, residente na Cisjordânia e antigo membro do partido Baas na Jordânia. Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) O Hamas nasceu em Fevereiro de 1988. O xeque Ahmed Yassin, que era líder dos Irmãos Muçulmanos de Gaza, considerava o Comando Unificado da Intifada, recém-instaurado, uma “manobra da OLP” para controlar a sublevação e decidiu criar uma organização integrista clandestina a que deu o nome de Hamas – acrónimo árabe de Movimento de Resistência Islâmica. Hamas significa, em árabe, “entusiasmo”, “coragem” ou “zelo”. Inicialmente tolerados por Israel como um contrapeso à secular e nacionalista OLP, os islamistas – bem organizados (detêm um império religioso, gerindo mesquitas e instituições de ensino) e financiados (por sauditas, jordanos e iranianos) – rapidamente se transformam num monstro difícil de controlar. O braço armado do Hamas, Ezzedine al-Qassem, tem sido o autor dos mais sangrentos atentados contra Israel, sobretudo desde a revolta de Setembro de 2000. Hostil a qualquer negociação com o Estado Judaico, o Hamas mostra uma impressionante capacidade de mobilização de comandos suicidas para semear o terror dentro e fora dos territórios ocupados. Jihad Islâmica A Jihad Islâmica é uma organização quase exclusivamente militar, em parte devido à falta de uma direcção política efectiva. Com o seu líder, Fathi Shikaki, assassinado por agentes israelitas em Malta, o grupo tem actuado na sombra do Hamas. Já em 1988, no início da primeira Intifada, a Jihad advogava abertamente acções suicidas, em particular o uso de viaturas armadilhadas contra alvos militares. Esta táctica foi posta em prática na segunda sublevação, com a Jihad a reivindicar alguns atentados. No entanto, sujeita a uma rigorosa vigilância por parte dos serviços secretos israelitas e jordanos, a jihad existe quase apenas como símbolo, com uma implantação limitada nos territórios ocupados.
BREVE CRONOLOGIA 1947 – A Assembleia Geral das Nações Unidas vota a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um judaico e um árabe. 1948 – Fim do mandato britânico na Palestina; David Ben-Gurion proclama o Estado de Israel; o Congresso Palestiniano de Jericó vota a favor da anexação da Cisjordânia e da Transjordânia; primeira guerra israelo-árabe. 1950 – A agência das Nações Unidas UNRWA estima que, após a primeira guerra israelo-árabe, há 957 mil refugiados árabes palestinianos. O êxodo ganha, para os palestinianos, a designação de “al-Nakba” ou “A Catástrofe”. 1959 – Nasce a Fatah ou Movimento de Libertação Nacional da Palestina, facção criada no Kuwait por Yasser Arafat. 1964 – Fundação da Organização de Libertação da Palestina (OLP), em Jerusalém. Ahmed Shukeiry, um advogado palestiniano que foi embaixador da Arábia Saudita nas Nações Unidas, é designado primeiro presidente do Comité Executivo da OLP. 1967 – “Guerra dos Seis Dias”, em que Israel conquista a península do Sinai e a Faixa de Gaza aos egípcios, a Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, aos jordanos, e os montes Golã aos sírios. Numa cimeira em Cartum, no Sudão, os árabes adoptam a política dos três «não»: à negociação, ao reconhecimento e à paz com o Estado judaico. É aprovada a resolução 242 do Conselho de Segurança da ONU, que prevê a retirada israelita dos territórios árabes ocupados em troca de paz. 1969 – Yasser Arafat é designado presidente da OLP. 1970 – Combates entre organizações palestinianas e o exército jordano causam cerca de quatro mil mortos e provocam um novo fluxo de refugiados, sobretudo em direcção ao Líbano. Essa época ficará na História como “Setembro Negro”. 1972 – Em 5 de Outubro, durante os Jogos Olímpicos de Munique, um comando palestiniano do movimento Setembro Negro sequestra os atletas israelitas. A operação termina no aeroporto num banho de sangue. Este caso deixa profundas marcas no conflito entre judeus e árabes. 1973 – “Guerra de Outubro” (para os árabes) ou “Guerra do Yom Kippur” (para os judeus, porque coincidiu com o dia mais sagrado do seu calendário religioso) desencadeada pelo Egipto e pela Síria sobre o canal do Suez e os montes Golã. No mesmo mês e ano, Israel assina acordos de cessar-fogo com o Cairo e Damasco. 1974 – Uma cimeira árabe em Rabat (Marrocos) reconhece a Organização de Libertação da Palestina (OLP) como “única e legítima representante do povo palestiniano”. 1975 – Uma guerra civil começa no Líbano, envolvendo de início cristãos maronitas e muçulmanos sunitas, respectivamente, inimigos e aliados os guerrilheiros palestinianos presentes no país. 1977 – Numa visita histórica a Israel, o pre-sidente do Egipto, Anwar Sadat, discursa no Knesset (Parlamento) em Jerusalém Ocidental. Os Estados da Liga Árabe (excepto Omã e a Mauritânia) rompem todos os laços com o Cairo. 1978 – Israel e o Egipto firmam os Acordos de Camp David, sob mediação do presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter (Setembro); Sadat e o primeiro-ministro israelita, Menachem Begin, recebem o Prémio Nobel da Paz (Dezembro). 1979 – Sadat e Begin assinam, em Washington, o primeiro tratado de paz is-raelo-árabe (Março). 1980 – O Parlamento israelita proclama Jerusalém como “capital una e indivisível” do Estado judaico. 1982 – Um atentado contra o embaixador de Israel em Londres, reivindicado pelo grupo palestiniano Fatah-Conselho Revolucionário, de Abu Nidal, dá a Israel o pretexto para invadir o Líbano. Na “Operação Paz para a Galileia” (Junho), os tanques de Ariel Sharon, então ministro israelita da Defesa, cercam pela primeira vez uma capital árabe: Beirute. O Presidente eleito do Líbano, Bashir Gemayel, um cristão maronita pró-israelita, é assassinado (14 de Setembro). Para vingar a morte de Gemayel, o seu líder, a milícia falangista Forças Libanesas, braço armado do partido Kataeb, leva a cabo massacres de centenas de civis palestinianos nos campos de refugiados de Sabra e Chatila (16, 17 e 18 de Setembro). O exército invasor israelita não interfere para impedir a matança e Sharon é acusado de “responsabilidade indirecta” por uma comissão de inquérito israelita. 1985 – Início de negociações secretas entre Israel e a OLP, em Nova Iorque (3 de Junho); a aviação israelita bombardeia o quartel-general da OLP em Tunes: 65 mortos (1 de Outubro). 1986 – Encontro secreto, em Paris, entre negociadores de Israel e da OLP (3 de Abril). 1987 – Na Cisjordânia e na Faixa de Gaza começa a Intifada, uma espontânea sublevação popular palestiniana contra a ocupação israelita (9 de Dezembro). 1988 – Um comando israelita assassina, na sede da OLP em Tunes, o chefe militar da OLP e coordenador da Intifada, Abi Jihad. 1992 – Graças a uma imigração
em massa de judeus da antiga URSS, o número de colonos na Cisjordânia
e Faixa de Gaza ultrapassa os cem mil; pela primeira vez, os EUA ameaçam
reter garantias bancárias a Israel – seu parceiro estratégico – se não
for congelada a colonização dos territórios ocupados.
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