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ESTE ARTIGO CONTÉM DADOS ADICIONAIS Há uma grande concentração dos locais de origem e destino das chamadas telefónicas internacionais. França, Espanha, Alemanha e Reino Unido concentram 57% das chamadas feitas de Portugal para a Europa (repartidas equilibradamente entre chamadas profissionais e residenciais), enquanto que os EUA, Brasil, Angola e Canadá representam 61% do tráfego intercontinental de saída (onde as chamadas residenciais têm um peso significativamente maior). Por sua vez, França, Alemanha, Suíça e Reino Unido são os países europeus de onde mais se fala para Portugal, e os EUA, Brasil, Canadá e Venezuela são os países de outros continentes de onde mais se telefona para Portugal. E visível, de novo, a correspondência com as comunidades portuguesas no estrangeiro (ver artigo Emigração e Comunidades Portuguesas no Estrangeiro).
Internacionalização do sector O grupo Portugal Telecom integra a Portugal Telecom Internacional que gere o conjunto das participações nos sistemas internacionais de telecomunicações. A sua estratégia orienta-se em direcção às áreas geográficas onde Portugal tem vantagens comparativas, graças a factores de penetração com relevo para a língua. Foram alienadas algumas participações detidas em empresas asiáticas (Filipinas, Malásia, Tailândia, Índia), dado não serem mercados prioritários, e concentrou-se a projecção da P.T.i. em direcção a África, América do Sul (via Brasil) e China (via Macau). No que respeita a África, os mercados de Angola e Moçambique são especialmente visados, recorrendo-se a uma aliança com o operador estatal sul-africano, a Telkom. Com o Brasil foi negociada a "Aliança Atlântica" por um acordo assinado em Outubro de 1995 em Genebra, com vista à cooperação entre a PT e a Telebrás no domínio das telecomunicações internacionais. Por último, na China a P.T.i. tomou posições na área da televisão e da edição de listas telefónicas em parceria com o governo chinês: participa na Tevisat (prestadora de serviços de televisão com emissões em dois canais, um em mandarim e outro bilingue — chinês/português), participa igualmente na Telesat (difusão de sinal por satélite) e trabalha na publicação de uma lista telefónica em mandarim (através da Directel).
Operadores estrangeiros de telecomunicações em Portugal Enquanto não se verifica a liberalização completa do mercado português, os interesses estrangeiros tomam posição em domínios sectoriais das telecomunicações portuguesas. Assim, na área das comunicações de dados operam uma companhia francesa (France Telecom), uma inglesa (British Telecom) e três norte-americanas (AT&T, US Sprint e IBM). No domínio da TV por cabo actuam a Philips e a United International Holding. Quanto à área das comunicações móveis a principal presença estrangeira é a da Air Touch que participa em 23 % do capital da Telecel.
As infraestruturas de telecomunicações Os satélites geoestacionários (que giram no plano do Equador a uma distância de 36.000 km, com a mesma velocidade de rotação da Terra) são uma das principais infraestruturas de telecomunicações. A Companhia Portuguesa Rádio MARCONI está filiada nas três maiores organizações internacionais de satélites: - A Intelsat (com uma rede global de âmbito mundial) - A Eutelsat (que abrange a Europa e o Norte de África) - A Inmarsat (dirigida para as comunicações móveis). As transmissões via satélite iniciam-se em 1974 e em 1986 começa a transmissão telefónica digital no sistema Eutelsat. Em 1993 é lançado o satélite português PoSAT-1, entretanto desactivado. Os cabos submarinos representam outro importante meio de transmissão para as telecomunicações e hoje os sistemas submarinos ópticos asseguram mais de 70 % das telecomunicações de longa distância. A MARCONI está associada aos mais importantes sistemas de cabos submarinos internacionais e tem uma participação destacada num certo número destas infraestruturas. Até 1993 ainda funcionaram cabos submarinos instalados nos anos 60 e 70, ligando Portugal à África do Sul, à Inglaterra, e o continente à Madeira. Subsistem três cabos submarinos coaxiais (com transmissão analógica): o Tagide 1 (ver mapa 6A) de Sesimbra a Penmarch, em serviço desde 1979, num total de 1.500 km; o Atlas (ver mapa 6B) de Burgau a Arzila, instalado em 1983, com 350 km de extensão; e o Atlantis (ver mapa 6C) de Burgau a Dakar e ao Recife, ao serviço desde 1992, com 6.350 km de extensão. Quanto aos cabos de fibra óptica, com sistema de transmissão digital, figuram o Eurafrica (ver mapa 6D), com o traçado que a imagem mostra, activo desde 1992, com um comprimento total de 3.100 km; o Sat-2 (ver mapa 6E) até à Cidade do Cabo, ao serviço desde 1993, com uma extensão de 9.500 km; o Columbus II (ver mapa 6F), com ligação da Itália ao México, activo desde 1994, num total de 12.300 km; e o Tagide 2 (ver mapa 6G) com o mesmo traçado do Tagide 1 entre Portugal e a França, ao serviço desde Junho de 1996. * Observatório de Relações Exteriores Dados adicionais Gráficos / Tabelas / Imagens / Infografia / Mapas (clique nos links disponíveis)
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