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ESTE ARTIGO CONTÉM DADOS ADICIONAIS CLIQUE AQUI! Com efeito, cada vez mais os Estados procuram explorar eventuais sinergias e interesses comuns que possam funcionar como elementos catalizadores de uniões de facto ou de jure assentes na proximidade territorial. Diversificam-se assim os esforços de integração regional, de resto bem patentes no desenvolvimento que conheceu nos últimos anos a União Europeia, o NAFTA ou o Mercosul. Este fenómeno, que nasceu como uma forma de resolver conflitos entre os Estados, é também consequência da concorrência avassaladora das últimas décadas no mercado mundial, que trouxe consigo a necessidade de os Estados atingirem níveis de desenvolvimento económico, político e social que lhes permita fazer face à crescente internacionalização dos mercados. No caso africano, a situação é ainda mais delicada, já que se trata de um continente marcado pela pesada herança colonial e dilacerado pelos conflitos étnicos, fronteiriços, religiosos e políticos que conduzem à fragilidade das estruturas estatais. Por outro lado o evidente falhanço das políticas económicas e estratégias de desenvolvimento, que se arrasta desde há décadas, contribuiu decisivamente para o impasse em que aí se encontram as experiências de integração. As políticas de substituição das importações do passado, na maioria destes países, não só contribuíram para a contracção da liberalização do comércio em geral e da liberalização do comércio intra-regional em particular, como fomentaram desequilíbrios macroeconómicos, donde resultou também indirectamente a manutenção de barreiras intra-regionais. Estas frequentemente contribuíram para a criação de indústrias ineficientes, protegidas por elevadas barreiras e taxas de câmbio desajustadas para manter os preços artificialmente baixos. Na realidade, se em outros contextos geográficos o elemento dinamizador destes fenómenos de integração regional tem sido o comércio, dificilmente um processo semelhante ocorrerá em África, onde a estabilidade económica e política demasiadas vezes não existe, o que serve de entrave às trocas intra-regionais. O crescimento económico e o desenvolvimento auto-sustentado tão discutido nas Cimeiras de Lagos (1980) e Abuja (1991) continuam longe de África, acentuando assim a marginalização destas economias e colocando estes países numa situação delicada face aos desafios do século XXI.
Informação Complementar Agrupamentos de cooperação económica de índole regional, sub-regional e inter-regional em África: AEC (Comunidade Económica Africana), 1991 Argélia, Angola, Benin, Botswana, Burkina-Faso, Burundi, Cabo Verde, Camarões, Chade, Comores, Congo, Costa do Marfim, Djibouti, Egipto, Etiópia. Gabão, Cambia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Lesoto, Libéria, Líbia, Madagáscar; Malawi, Mauritânia, Mauricias, Moçambique, Namíbia, Níger, Nigéria, Quénia, Rep. Democ. Árabe Saharawi, Rep. Democ. do Congo, Ruanda. São Tomé e Príncipe, Senegal, Seychelles, Serra Leoa, Somália, Sudão, Suazilândia, Togo, Tunísia, Uganda, Tanzânia, Zâmbia, Zimbabwe. Objectivos:
CE (Conselho dos Estados da "Entente"), 1959 Benin, Burkina-Faso, Costa do Marfim, Níger e Togo. Objectivos:
CEAO (Comunidade Económica da África Ocidental), 1973-1994 Benin, Burkina-Faso, Costa do Marfim, Mali, Mauritânia, Níger e Senegal. Objectivos:
CILSS (Comité Permanente Interestatal para o Controlo da Seca no Sanei), 1973 Burkina-Faso, Cabo Verde, Chade, Gâmbia, Guiné-Bissau, Mali, Mauritânia, Níger e Senegal. Objectivos:
CEPGL (Comunidade Económica dos Países dos Grandes Lagos), 1976 Burundi, Ruanda e Rep. Democ. do Congo. Objectivos:
COMESA (Mercado Comum da África Ocidental e Oriental), 1993 Angola, Burundi, Comores, Eritreia, Etiópia, Lesoto, Madagáscar Malawi, Maurícias, Moçambique, Namíbia, Quénia, Rep. Democ. do Congo, Ruanda, Sudão, Suazilândia, Uganda, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué. Objectivos:
EAC (Comunidade Este-Africana), 1993 Quénia, Tanzânia e Uganda Objectivos:
ECCAS (Comunidade Económica dos Estados da África Central), 1983 Burundi, Camarões, Chade, Congo, Guiné Equatorial, Gabão, Rep. Centro-Africana, Rep. Democ. do Congo, Ruanda e São Tomé e Príncipe. Objectivos:
CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), 1975 Benin, Burkina-Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger; Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo. Objectivos:
IGADD (Autoridade Intergovemamental para a Seca e o Desenvolvimento), 1986 Djibuti, Eritreia, Etiópia, Quénia, Sudão e Uganda. Objectivos:
IOC (Comissão para o Oceano indico), 1969 Comores, Madagáscar Maurícias, Reunião e Seychelles. Objectivos:
KBO (Organização para a Gestão e Desenvolvimento da Bacia do Rio Kagera), 1977 Burundi, Ruanda, Tanzânia e Uganda Objectivos:
LCBC (Comissão para a Bacia do Lago Chade), 1964 Camarões, Chade, Níger, Nigéria e Rep. Centro-Africana. Objectivos:
LGA (Autoridade Integrada de Desenvolvimento para a Região de Liptako-Gourma), 1971 Burkina-Faso, Mali e Níger. Objectivos:
MRU (União do Rio Mano), 1973 Guiné, Libéria e Serra Leoa Objectivos:
NBA (Autoridade para a Bacia do Rio Níger), 1980 Benin, Burkina-Faso, Camarões, Chade, Gosta do Marfim, Guiné, Mali, Níger e Nigéria. Objectivos:
OMVS (Organização para o Desenvolvimento do Rio Senegal), 1972 Mali, Mauritânia e Senegal. Objectivos:
OMVG (Organização para o Desenvolvimento do Rio Gâmbia), 1978 Gâmbia, Guiné e Senegal. Objectivos:
SACU (União Aduaneira da África Austral), 1969 Botswana, Lesoto, Namíbia, África do Sul e Suazilândia. Objectivos:
SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral), 1992 África do Sul, Angola, Botswana, Lesoto, Malawi, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué. Objectivos:
UEMOA (União Económica e Monetária da África Ocidental), 1994 Benin, Burkina-Faso, Costa do Marfim, Mali, Níger, Senegal e Togo. Objectivos:
UMA (União do Magrebe Árabe), 1989 Argélia, Líbia, Mauritânia, Marrocos e Tunísia. Objectivos:
UNDEAC (União Económica e Aduaneira da África Central), 1964 Camarões, Rep. Centro-Africana, Chade, Congo, Guiné Equatorial, Gabão. Objectivos: Algumas organizações interafricanas I Algumas organizações interafricanas II
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